A asma, uma condição crônica das vias respiratórias, tem sido objeto de estudo em relação a diversos fatores desencadeantes. E, embora muitas pessoas ainda não saibam, a obesidade aparece como um dos principais fatores ao longo da vida de pessoas asmáticas.
É exatamente isso que exploraremos hoje. Se você deseja saber qual é a relação entre asma e obesidade e entender porque pacientes obesos possuem mais chances de desenvolver essa condição, continue lendo o artigo.
Compreendendo a asma
Em primeiro lugar, vamos entender do que se trata a asma.
A asma é uma das doenças respiratórias crônicas mais prevalentes da história, afetando milhões de pessoas em todo o mundo, independentemente da idade. Ela é caracterizada por sintomas como falta de ar, chiado no peito, tosse persistente, sensação de cansaço e dor torácica. Essa condição inflamatória das vias respiratórias pode ser desencadeada por uma série de fatores – incluindo ácaros da poeira, mofo, pólen, vírus, rinite e predisposição genética, incluindo a obesidade.
A principal característica da asma é a inflamação e estreitamento das vias aéreas, o que dificulta a passagem do ar e causa os sintomas típicos da doença. Quando uma pessoa com asma entra em contato com um gatilho, as vias aéreas ficam ainda mais inflamadas e contraídas, assim resultando em uma crise asmática.
Entenda a associação entre asma e obesidade
Estudos têm demonstrado uma ligação significativa entre a asma e a obesidade, em pessoas com excesso de peso, apresentando uma maior propensão a desenvolver e agravar a doença.
Casos mais acentuados de obesidade podem levar a um aumento da sensibilidade nos brônquios, inflamação em outros órgãos e elevação de citocinas associadas ao processo inflamatório. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), o excesso de peso provoca uma ação pró-inflamatória do tecido adiposo, o que pode inflamar as vias aéreas e causar a asma.
Apesar da relação causal entre a asma e a obesidade ainda não estar completamente esclarecida, essas evidências apontam que há, de fato, uma influência do índice de massa corporal (IMC) no desencadeamento da asma. Nesse cenário, é notável que o início tardio da asma seja mais frequente em indivíduos com IMC igual ou superior a 30.
Como a obesidade impacta no tratamento da asma
No fim, a obesidade não apenas aumenta o risco de desenvolver asma como também pode complicar o tratamento e controle da condição. Devido aos mesmos fatores, indivíduos obesos podem apresentar respostas menos eficazes ao tratamento, tornando essencial uma abordagem personalizada para gerenciar os seus quadros de asma.
Nesse sentido, a prevenção da asma em indivíduos obesos assume um papel crucial. Além das medidas gerais de prevenção – como manter um ambiente limpo e evitar o tabagismo – a promoção de um estilo de vida saudável que inclua uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos pode ser especialmente benéfica para aqueles com excesso de peso.
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Abordagem multidisciplinar: o papel do otorrinolaringologista
A gestão da asma em pacientes obesos requer uma abordagem multidisciplinar que abrange profissionais de saúde de várias áreas. Em especial, isso inclui nutricionistas, educadores físicos e otorrinolaringologistas, médicos que cuidam da garganta e do nariz – desempenhando um papel vital no tratamento e prevenção. Essa colaboração entre especialidades é fundamental para o controle efetivo da asma, visando proporcionar ao paciente uma maior qualidade de vida, saúde e bem-estar.
Ao adotar uma abordagem integrada que considere a influência da obesidade nos quadros de asma, podemos avançar na busca por melhores estratégias de prevenção e tratamento. Na maioria das vezes, essa interação complexa entre asma e excesso de peso começa com o diagnóstico de um médico otorrino, então lembre-se sempre de contar com profissionais de sua confiança para ajudá-lo a recuperar sua qualidade de vida.
O seu otorrino está na Clínica Regina Ortega
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