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Dia Mundial do Diabetes – Entenda o que é a diabetes mellitus e os impactos da doença na saúde do paciente

O Brasil é o quarto país com maior número de diabéticos no mundo. Talvez você conheça alguém que sofre com diabetes, mas sabia que nem toda pessoa com diabetes têm a mesma diabetes?

No dia mundial do diabetes, apresentamos as principais características da doença e seus impactos na saúde do paciente.

Descubra agora como certas áreas do organismo funcionam antes e depois da condição e dessa forma, se atente aos sinais e sintomas do diabetes mellitus para se prevenir e tratar rapidamente, caso eles apareçam.

O que é o diabetes?

Na digestão, os carboidratos são processados à uma unidade menor: a glicose (C6H12O6), o tal “açúcar no sangue”.

Ela é utilizada como fonte de energia para as células, porém, esse processo de absorção da glicose pelas células depende de um facilitador, a insulina.

O pâncreas, dentre outras funções, é responsável por liberar a insulina, para que esta se ligue à superfície das células, ativando a absorção da glicose. Ao fim do processo, a glicose no sangue retorna para o nível normal.

Diabetes mellitus é um distúrbio que afeta a capacidade do organismo de utilizar glicose no sangue de maneira eficaz e se apresenta sob dois tipos.

No chamado tipo 1, o sistema imunológico ataca as células produtoras de insulina, as destruindo de forma permanente, o que reduz a produção de insulina para pouca ou nenhuma, logo, a glicose não é absorvida para nutrir as células.

Já no tipo 2, o que acontece é que o organismo se torna resistente à insulina e aos seus efeitos, mesmo quando o pâncreas a produz corretamente.

Conforme o quadro avança, diminui-se a capacidade de produção desse hormônio pelo pâncreas, e a insulina disponível não é o bastante para atender às demandas do organismo. 

Este tipo é mais comum em pessoas acima de 30 anos e com o avanço da idade, fica cada vez mais incidente, sendo que 26% das pessoas com mais de 65 anos apresentam o tipo 2.

Independente do tipo, o resultado permanece: a glicose não é absorvida, e por esse motivo que as pessoas com diabetes têm altas concentrações de glicose no sangue (glicemia alta), sendo necessário monitoramento contínuo.

Fatores de risco

Dentre os principais fatores de risco para desenvolvimento do diabetes tipo 2, destacam-se:

  • Sobrepeso (IMC>25);
  • Obesidade;
  • Idade acima de 45 anos;
  • Pai ou mãe diabéticos;
  • Hipertensão, colesterol ou triglicérides altos.

Dessas, a obesidade é a principal, sendo que 85% das pessoas com a doença, em média, estão obesas ou com sobrepeso.

Em mulheres, adicionam-se: histórico de mastectomia, diabetes gestacional e síndrome de ovário policístico.

Impactos do diabetes na saúde

Para a pessoa com diabetes, os impactos na saúde podem ser de diferentes graus, em decorrência do tempo com a doença e tratamento dado, a começar pelos sintomas.

Por consequência da glicemia alta, o paciente pode sentir principalmente:

  • Aumento da sede;
  • Aumento da frequência da micção com maior volume de urina;
  • Aumento de fome;

 Menos frequentemente, podem ter:

No caso do tipo 1 em crianças, é usualmente observado vômitos, fadiga, náuseas e dor na região abdominal.

A respiração pode ficar profunda e rápida pela tentativa do organismo em corrigir a acidez do sangue.

Já em pessoas com diabetes tipo 2, há chances de que nenhum sintoma se apresente por anos até serem diagnosticadas.

O aumento da micção e da sede no início é moderado, mas logo visão turva, desidratação e cansaço extremo podem ser notados.

O tratamento exige do paciente que se informe sobre sua condição e mude a dieta, comece ou intensifique as atividades físicas e monitore a glicemia, com medidores portáteis.

No caso dos obesos, indica-se acompanhamento profissional para perda de peso, assim como cuidados com remédios que prometem emagrecimento milagroso.

Diagnóstico e prevenção

Muitas pessoas com diabetes tipo 2 são diagnosticadas por exames de glicemia rotineiros antes de apresentarem valores de glicemia extremamente elevados.

Alguns medicamentos “para diabetes” podem causar a remissão tipo 1 precoce, todavia, essa medicação causa efeitos colaterais que limitam seu uso e não é considerado uma prevenção em si.

Já no caso do tipo 2, a prevenção é feita pela mudança em hábitos alimentares, exercícios físicos regulares, podendo diminuir o risco em mais de 50%.

O ideal é procurar um médico endocrinologista, pois ele poderá avaliar detalhadamente o quadro do paciente para refutar ou confirmar o diabetes e investigar outros diagnósticos relacionados ao desequilíbrio hormonal.