No clima frio, é muito comum que doenças respiratórias estejam mais presentes na nossa rotina. Afinal, a mudança climática é um fator de gatilho para muitas delas, como a rinite.

E sabia que a rinite é uma das doenças alérgicas mais comuns no Brasil? De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, cerca de 30% dos brasileiros têm rinite.

Dessa porcentagem, a maior parte, em torno de 85% dos casos, é de origem alérgica. Já outros pacientes podem ter esse quadro por infecções virais e outras causas.

Os tipos da rinite podem se confundir e têm tratamentos diferentes. Portanto, hoje, vamos entender melhor sobre as diferenças entre rinite infecciosa e rinite alérgica. Boa leitura!

Rinite: o que é?

A rinite é a condição respiratória caracterizada pela inflamação da mucosa que reveste a cavidade nasal e muitas vezes também podem se estender aos seios da face tornando-se a rinossinusite..

Elas são classificadas de duas maneiras, quanto a sua duração: agudas, quando os sintomas duram até 4 semanas, subagudas entre 4 e 12 semanas ou crônicas, quando os sintomas persistem por mais de 12 semanas; ou quanto a sua etiologia (causa): alérgicas, não alérgicas, infecciosas entre outras.

Existem fatores de predisposição?

Sim, existem alguns fatores de risco. Por exemplo, pessoas que apresentam histórico de outras doenças como asma, dermatite ou conjuntivite alérgica podem ter maiores chances de desenvolver rinite alérgica.

Além disso, outros fatores de risco para o desenvolvimento da rinite são:

• Frequentar locais pouco ventilados e pouco ensolarados;
• Não realizar faxina periodicamente dentro da sua casa;
• Contato com pólen das flores que circula no ar, principalmente na primavera;
• Poluição geral do ar em locais urbanos;
• Histórico de alergias na família.

Rinite infecciosa x rinite alérgica: entenda as diferenças

Para diferenciar os tipos existentes da rinite, podemos levar em consideração alguns critérios, como frequência, intensidade dos sintomas e possíveis complicações.

Apesar disso, o ponto chave que difere a rinite infecciosa e a rinite alérgica é a sua causa. Confira:

Rinite infecciosa

A rinite infecciosa acontece quando agentes causadores se instalam nas mucosas do nariz.

Pode se configurar também como uma infecção do trato respiratório superior ou um resfriado comum.

Causa: Bactérias ou vírus.

Sintomas: os principais sintomas da rinite infecciosa são obstrução nasal, secreção nasal que começa mais clara e depois fica esverdeada ou amarelada, coceira na garganta, tosse e mal-estar. Duram em média de 7 dias.

Rinite alérgica

Considerado o tipo de rinite mais comum, a rinite alérgica, como o próprio nome sugere, é causada por agentes estranhos chamados de alérgenos.

Dessa forma, ela é caracterizada por ser uma manifestação do organismo, ou seja, é uma resposta do sistema imunológico pela presença dessas partículas consideradas estranhas ao organismo.

Essas substâncias podem entrar em nosso corpo pelo nariz por meio da respiração, principalmente em ambientes com poluição.

É comum que muitas pessoas desenvolvam rinite alérgica ainda crianças, mas adultos também estão sujeitos a apresentar esse tipo de rinite a qualquer momento da vida.

Causa: os tipos de alérgenos que podem causar a condição podem ser vários, como poeira, pelos de animais, mofo e, até mesmo, cheiros mais fortes.

Sintomas: os principais sintomas da rinite alérgica são espirros, coceira, olhos lacrimejantes, irritação na boca, olhos, nariz, garganta e pele, obstrução nasal e secreção nasal clara.

Diagnóstico da rinite pelo otorrino

O diagnóstico é realizado pelo otorrinolaringologista por meio de entrevista com o paciente e a solicitação de exames para auxiliar no diagnóstico.

Por exemplo, o teste de alergias pode identificar os alérgenos que desencadeiam os sintomas da rinite alérgica.

Em outros casos, também é possível a realização de exames de sangue especiais, que podem diagnosticar a rinite.

Qual o tratamento para a rinite infecciosa e alérgica?

O tratamento para os tipos de rinite consiste no uso de medicamentos e hábitos simples e rotineiros de higiene.

Antialérgicos, descongestionantes tópicos locais, antitérmicos e até mesmo analgésicos podem ser necessários dependendo do caso.

No geral, também recomenda-se que o paciente evite ter contato com os agentes causadores da rinite e reforce hábitos de higiene, como lavar bem as mãos frequentemente e manter os ambientes sempre limpos.

Em rinites crônicas, o tratamento de longo prazo é baseado no uso de medicamentos proporcional a resposta de manter o paciente assintomático pelo maior tempo possível.

Ficou alguma dúvida? Para tratar sua rinite, seja infecciosa ou alérgica, conte com a Clínica Regina Ortega!