Nos dias atuais, muito vem sendo falado nas redes sociais e em outras plataformas sobre a obesidade relacionada aos padrões de beleza – o que é, claro, um assunto muito importante que aborda questões sobre como acabar com os preconceitos sociais e promover a auto aceitação.
Mas hoje, nós viemos tratar a obesidade sob um ponto de vista diferente: o da saúde. Podemos ver a obesidade como um resultado cada vez mais crescente de uma cultura de consumo de alimentos com baixo valor nutricional e do sedentarismo.
Nesse cenário, o termo ‘obesidade metabolicamente saudável’ vem sendo apontado para designar pessoas obesas que não apresentam diabetes tipo 2 e outras doenças metabólicas. Mas afinal, será que isso existe?
O assunto é delicado e vem sendo estudado por vários pesquisadores. Por isso, a Clínica Regina Ortega vem te mostrar hoje alguns dados e pontos de vista para entendermos melhor sobre a condição. Continue a leitura!
Obesidade: como ela é definida?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é definida como “acúmulo anormal ou excessivo de gordura que apresenta risco à saúde”. Ou seja, ela é abordada como uma doença pelo fato de trazer malefícios para o organismo.
Pessoas acima do peso se enquadram na seguinte relação:
- Pessoas obesas com IMC (Índice de Massa Corpórea) entre 30 e 35;
- Pessoas com sobrepeso com IMC (Índice de Massa Corpórea) entre 25 e 30.
Outra definição é a da Federação Mundial da Obesidade: foi chamada de “doença progressiva crônica e recidivante”, causada por maus hábitos, como o acesso e consumo de alimentos pobres em nutrientes, a falta de atividade física e a suscetibilidade genética.
Dessa maneira, podemos entender que as grandes organizações de saúde tratam, sim, a obesidade como uma doença. Não à toa, vários estudos já concluíram que a condição aumenta significativamente o risco de doença cardíaca, derrame, diabetes tipo 2, osteoartrite e alguns tipos de câncer, quando comparados com pessoas com o IMC adequado.
Mas seria o fator peso o único a ser analisado nessa comparação? Seria isso uma métrica para a vida toda? É o que veremos a seguir.
Obesidade metabolicamente saudável: peso x metabolismo
Em sua família, seu trabalho ou em seu ciclo de amigos, provavelmente você já deve ter conhecido alguém que é muito magro e que convive com doenças metabólicas, como colesterol e diabetes. Ou então, aquelas pessoas que estão acima do peso, mas se mantêm saudáveis.
E é por isso que se discute muito sobre a “obesidade metabolicamente saudável” e diversas pesquisas são realizadas a fim de entender o que causa esses malefícios à saúde.
Nos últimos anos, a obesidade vem sendo um dos problemas de saúde pública mais preocupantes, com uma epidemia global crescente de sobrepeso e obesidade atingindo o mundo inteiro. Isso é inegável e o alerta para rever nossas escolhas de vida devem ser cada vez mais disseminados.
Mas a obsessão apenas pelo número na balança não é exatamente o caminho. Existem muitas variantes que devem ser avaliadas na hora de diagnosticar a saúde de uma pessoa: hábitos de vida, histórico familiar e alimentação são alguns deles.
É por isso que muitas pessoas magras não são, necessariamente, saudáveis e vice-versa com pessoas acima do peso.
Entendendo melhor o que é obesidade metabolicamente saudável
Vimos anteriormente que a obesidade metabolicamente saudável é um termo designado para pessoas que estão acima do peso mas que mantêm um perfil metabólico saudável.
Ou seja, não desenvolvem doenças e comorbidades relacionadas à má alimentação e ao sedentarismo – como caracteriza a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Apesar disso, ainda de acordo com o órgão, a obesidade ainda é reconhecida como um fator de risco importante no desenvolvimento de várias complicações.
Por isso, as pessoas obesas ou com sobrepeso, mesmo sem nenhum problema metabólico aparente, ainda podem estar suscetíveis a doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol alto, hipertensão, entre outras comorbidades. E, quando comparados às pessoas mais magras, o risco é ainda maior.
Um estudo mostrou que as chances de que essas pessoas sofram morte prematura causada por problemas súbitos como o infarto é 24% maior.
Então, a obesidade metabolicamente saudável é mito ou verdade?
É possível uma pessoa obesa ou com sobrepeso não ter desenvolvido condições maléficas à sua saúde, sim. Mas isso não isenta ela de não desenvolvê-las em algum momento da sua vida!
Ainda, é comprovado que pessoas acima do peso estão mais suscetíveis do que pessoas magras a terem essas complicações. Por isso, nossa conclusão é que não devemos disseminar a ideia de que exista, de fato, a obesidade metabolicamente saudável.
Mas, mais uma vez: só prestar atenção no peso não é o caminho, o que é algo que acontece em muitos consultórios médicos hoje e afeta, inclusive, as pessoas magras, que podem ter seus riscos de saúde despercebidos por conta desse foco.
Para o diagnóstico da saúde, é essencial avaliar todas as características individuais do paciente. Inclusive, se você tem parentes que sofreram com problemas cardiovasculares, diabetes ou colesterol alto, também vale monitorar constantemente sua saúde, independentemente do peso, realizando exames de check-up periódicos.
Agende com a Clínica Regina Ortega
Uma coisa é certa: não importa o peso na balança, cuidar da saúde é essencial. E isso significa manter os exames em dia e realizá-los periodicamente. É recomendado fazer pelo menos um check-up anual e prestar atenção ao histórico familiar.
Conte com os profissionais da Clínica Regina Ortega para um atendimento personalizado! Para a nossa equipe, é um prazer te ajudar a conquistar mais saúde e alcançar uma vida mais plena e feliz.