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rinite medicamentosa

Rinite medicamentosa pode ser causada por descongestionantes nasais

A rinite medicamentosa é um tipo de inflamação da mucosa nasal – revestimento interno do nariz – que pode ser desencadeada pelo uso excessivo e prolongado de descongestionantes nasais. 

O nariz funciona como um filtro do nosso sistema respiratório. Ao entrar em contato com partículas, substâncias tóxicas e irritantes que podem prejudicar o funcionamento dos pulmões, automaticamente acontece uma reação que tem como objetivo impedir sua entrada no organismo. Essa reação acaba levando à obstrução nasal e muitos pacientes recorrem aos descongestionantes como forma de alívio. 

Os medicamentos disponíveis em sprays e gotas são muito úteis para aliviar e facilitar a respiração quando estamos com o nariz entupido por um resfriado, gripe ou crise alérgica. 

Porém, o que muitos não sabem é que o uso contínuo desse produto pode acabar gerando um efeito rebote e causando a temida rinite medicamentosa. Entenda!

É possível viciar em descongestionantes nasais?

Segundo informações do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital das Clínicas de São Paulo, o uso indiscriminado de descongestionantes nasais ocupa o terceiro lugar na lista de problemas decorrentes de efeitos colaterais e utilização inadequada de medicamentos. 

O produto está associado a um conservante que gera uma irritação da mucosa, levando a rinite medicamentosa. 

A mucosa nasal contém uma abundância de vasos sanguíneos e tem capacidade de contrair e dilatar de acordo com a necessidade. Esse mecanismo é de suma importância por dois motivos:

  1. Permite o aquecimento e umidificação do ar antes de chegar aos pulmões, contribuindo para um ambiente mais adequado para as vias respiratórias. 
  2. Aumenta a superfície da cavidade nasal, o que facilita a filtragem de partículas nocivas e auxilia na limpeza do ar, protegendo assim o sistema respiratório.

Quando ocorre uma crise alérgica ou inflamação causada por resfriado e sinusite, esses vasos sanguíneos são dilatados e, consequentemente, surge a sensação de nariz entupido que tanto leva os pacientes a recorrerem aos descongestionantes. Ao utilizá-los, a dilatação é reduzida, levando a um rápido alívio nos sintomas. 

Vale alertar que, quando se utiliza o descongestionante nasal, a causa do problema não é resolvida, e apenas a consequência é solucionada por alguns instantes. O efeito acaba tendo uma curta duração e o paciente sente cada vez mais necessidade em usar o produto. 

A rinite medicamentosa pode ser resultado da dependência de descongestionantes de qualquer marca e não só as mais conhecidas. 

Perigos do uso excessivo

Como mencionado anteriormente, essa categoria de rinite é um efeito rebote do uso do medicamento, isso significa que, na verdade, o uso prolongado acaba potencializando a irritação no nariz. O nariz, então, passa a funcionar apenas com a aplicação do medicamento, evoluindo para um quadro que só poderá ser revertido com cirurgia.

Além disso, é importante ressaltar que há possibilidade de ocorrerem efeitos como taquicardia e hipertensão, devido ao seu uso excessivo. Em situações mais severas, há um potencial risco de morte associado à arritmia cardíaca e aos picos de pressão arterial. Inclusive, o descongestionante nasal não é recomendado para pessoas hipertensas e que tenham um histórico de problemas cardíacos. 

Existe alguma forma de curar o vício? 

Quando usado de forma moderada e por um curto período, o corpo é capaz de eliminar o descongestionante de forma natural. O tempo recomendado para  aplicação é de 5 dias. No entanto, caso esse uso seja prolongado, existe a possibilidade de que os problemas se tornem crônicos, tornando difícil a interrupção do medicamento sem a necessidade de acompanhamento de um otorrinolaringologista. 

No entanto, uma estratégia interessante para se livrar da dependência, é diluir os descongestionantes gradualmente em soro fisiológico, até que seu uso seja completamente eliminado do organismo. É importante que o processo seja feito com acompanhamento médico para garantir uma transição segura e eficaz.

Existe outra alternativa além dos descongestionantes nasais? 

Quando a rinite é uma condição crônica, muitas vezes causada por desvios e lesões no septo, a melhor abordagem é procurar uma avaliação clínica e laboratorial adequada. Em alguns casos, a cirurgia pode ser recomendada como tratamento. 

Para situações mais pontuais, como resfriados e sinusites agudas, o soro fisiológico é uma excelente opção, pois ajuda a hidratar o nariz e aliviar os sintomas. 

Para evitar a rinite medicamentosa e seus desconfortos, algumas dicas podem ser úteis: 

  • Utilize o descongestionante com moderação: respeite as instruções da bula, sendo o período comum de uso entre 3 e 5 dias;
  • Mantenha suas narinas limpas e hidratadas: utilize soluções salinas para a higienização e manutenção da mucosa nasal; 
  • Opte por abordagens naturais: sempre que possível, considere tratamentos naturais, como inalação a vapor, uso de óleos essenciais ou chás com propriedades descongestionantes. 

Lembre-se de seguir as orientações do profissional da saúde, evitando o uso excessivo de medicamentos e buscando alternativas naturais quando possível. A prevenção e o tratamento adequado são essenciais para cuidar da saúde nasal a longo prazo. 

Não se esqueça que cada organismo é único, e o tratamento mais adequado pode variar de pessoa para pessoa. Portanto, é fundamental consultar um médico otorrino.

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Se você tem congestão nasal frequente e acredita que sofre de rinite medicamentosa, é importante buscar orientação de um profissional da área da saúde. Ele poderá indicar o tratamento mais adequado e esclarecer todas as dúvidas. 

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