Se você já sentiu aquela tontura em um dia normal da sua rotina ou já duvidou que tenha algum problema para se equilibrar, esse artigo é para você!
Hoje, vamos te explicar como saber se isso é um sinal de algo mais sério e o que fazer em caso de sentir essa perda de controle do seu equilíbrio. Boa leitura.
Afinal, como funciona o nosso equilíbrio?
O equilíbrio corporal é a capacidade de controlar a orientação do corpo e membros em relação ao espaço externo em que estamos inseridos.
O órgão principal responsável por isso é o ouvido e também temos essa habilidade por conta da visão e do cerebelo, a parte do cérebro responsável pela coordenação motora. Todos trabalham em conjunto para contribuir para nosso controle corporal.
No interior do ouvido, existe o aparelho vestibular, também conhecido como labirinto. Nessa estrutura, estão presentes células sensoriais e os otólitos: pequenos grãos de carbonato de cálcio.
Quando realizamos algum movimento, a força da gravidade faz com que otólitos se encontrem com as células sensoriais e gerem impulsos nervosos. Esses são mandados para nosso cérebro, que consegue identificar a posição do nosso corpo em relação à força gravitacional e entender em que posição estamos.
Dessa forma, nosso sistema nervoso central consegue manter o corpo em determinadas posições estáticas ou promover nosso deslocamento de maneira harmoniosa.
Outro importante ponto é a propriocepção, que são receptores localizados em várias articulações e músculos do corpo e auxiliam para que isso aconteça.
Entendendo as causas da perda de equilíbrio
Agora que você sabe como nosso equilíbrio funciona e quais estruturas estão relacionadas, vamos para as possíveis causas da perda de equilíbrio.
Esses transtornos geralmente resultam de condições que afetam o cerebelo, as vias sensoriais, nossa visão e o funcionamento do ouvido. Conheça alguns deles abaixo:
Labirintopatias
A labirintopatias, que é o termo correto para se falar sobre os problemas que afetam o labirinto portanto não devemos se usar o termo labirintite como “sinônimo” de tontura, é um conjunto de problemas que afetam a função do órgão do equilíbrio tais como: vírus, bactérias, lesões na região, alergias ou reações a remédios.
As otites são responsáveis por causar tontura, por exemplo. A condição também pode ser uma consequência de hipoglicemia e hipertensão, por isso, é importante se atentar com sua saúde no geral.
Seus principais sintomas são as tonturas e vertigens. Em outros casos, também pode vir acompanhada de náuseas, vômitos, sudorese, alterações gastrintestinais, perda de audição e zumbidos.
Envelhecimento e idade
No caso dos idosos, a perda de equilíbrio é mais comum, já que sua força muscular é menor, há um maior desgaste articular, a visão é mais baixa e há ainda uma queda da função do labirinto.
Outras doenças como a catarata podem afetar diretamente a visão e nossa sensibilidade sensorial, ocasionando maior dificuldade em manter o equilíbrio.
Maus hábitos de vida
O alcoolismo, o sedentarismo e a falta de nutrientes como a vitamina B12, por exemplo, podem afetar nosso sistema cognitivo e causar perda de sensibilidade.
Então, o que fazer quando sentir perda de equilíbrio?
Em momentos de crise, médicos especialistas indicam que o paciente fixe o olhar em um ponto fixo na parede até a crise passar. Para evitar cair, o paciente pode ficar sentado ou, ainda, se deitar e ficar com os pés para cima.
É muito comum também que pacientes com alterações do labirinto sintam vertigem logo ao levantar de manhã. Nesse caso, a dica é se sentar antes de levantar ou ainda se ajoelhar na cama e fazer movimentos para frente e para trás.
Mas, muito mais importante do que cuidar sozinho da sua perda de equilíbrio é, primeiro, se consultar com o otorrinolaringologista.
Ele é o especialista que cuida das condições que afetam ouvidos, nariz, garganta, e, assim, pode acompanhar de perto caso a caso para indicar o melhor tratamento.
Nessa visita, ele fará uma avaliação clínica detalhada e pode pedir exames como o otoneurológico completo, tomografia computadorizada, ressonância magnética e testes labirínticos.
Como evitar e tratar a perda de equilíbrio
Para evitar a perda de equilíbrio é importante se movimentar! O labirinto é mais bem condicionado quando exercemos movimento ao nosso corpo, atividade física, natação, bicicleta, pilates etc… só orientamos evitar esses exercícios quando estamos em crise de tontura. Nesses casos é importante consultar o seu otorrinolaringologista.
Ele pode indicar o uso de vasodilatadores que facilitam a circulação sanguínea nas áreas do cérebro e do labirinto. Além disso, a perda de equilíbrio está associada com a nossa saúde no geral.
Dessa forma, é essencial ter uma alimentação balanceada para corrigir possíveis deficiências nutricionais que agravam a vertigem e outros sintomas da labirintite.
Em casos específicos, o otorrino pode prescrever exercícios específicos para serem feitos em casa com o objetivo de reposicionar o labirinto ou até pedir o auxílio de fonoaudiólogas para fazer reabilitação vestibular.
Vale ressaltar que pessoas com tontura que não fazem o tratamento adequado correm o risco de a doença evoluir para um quadro mais grave, ou até tornar os sintomas mais crônicos e de difícil controle..
Vamos cuidar da sua saúde? Se você sente ou conhece alguém que sofre com a perda de equilíbrio, venha se consultar na Clínica Regina Ortega!