A imunoterapia é um dos tratamentos mais eficazes contra alergias respiratórias, que afetam cerca de 35 a 40% da população mundial. A técnica, realizada por meio da aplicação subcutânea de vacinas ou até gotas sublinguais , é utilizada há mais de meio século. Seu principal objetivo é a redução da sensibilidade que algumas pessoas têm a substâncias que provocam tais alergias.

Utilizadas com intervalos regulares de 1 a 3 anos, as vacinas antialérgicas são uma  forma de trazer proteção a reações alérgicas graves. 

Conheça agora as principais vacinas utilizadas no combate a alergias e os benefícios que a imunoterapia proporciona.

Como funciona a imunoterapia?

O objetivo da imunoterapia é reduzir a sensibilidade e conter reações alérgicas no corpo, fazendo com que o paciente não sofra com reações alérgicas graves. Além disso, prepara o organismo para lutar contra substâncias que podem desencadear crises, por meio da produção de anticorpos.

Ao serem aplicadas, as vacinas antialérgicas reduzem os anticorpos IgE (responsáveis pelas alergias) e aumentam a produção dos anticorpos IgG4 (anticorpos de tolerância), que fortalecem o organismo contra as alergias. A imunoterapia contra alérgenos auxilia na diminuição de células inflamatórias que atuam nas reações alérgicas. 

Como a imunoterapia é realizada

A maneira mais segura para a realização da imunoterapia é por meio das vacinas orais ou sublinguais, que apresentam resultados semelhantes aos injetáveis e causam menos reações.

É importante ressaltar que os medicamentos que compõem o tratamento não estão disponíveis em farmácias e drogarias, isso se dá ao fato de o tratamento só ser realizado mediante indicação e orientação médica. 

Muitos especialistas defendem que o tratamento  seja prolongado, durando alguns anos, porém não há consenso sobre o período correto, devendo ser individualizado para cada paciente.

Indicações e orientações sobre o procedimento

Conhecidas como ‘vacinas antialérgicas’, a imunoterapia específica é uma ótima opção para quem sofre de rinite alérgica, processo alérgico que não é causada por um vírus, mas sim por uma inflamação na mucosa nasal como resposta à algum ‘invasor’ do organismo.

O procedimento é recomendado para pessoas que sejam sensíveis a ácaros, fungos, pólens e venenos de insetos como abelhas, formigas, marimbondos e vespas. Também é recomendada para pessoas que sofrem de:

• Alergias a alimentos;
• Alergias a medicamentos;
• Asma;
• Dermatite atópica;
• Conjuntivite alérgica;
• Rinite alérgica.

Para que o tratamento tenha início, é necessário que o paciente realize uma consulta médica. Ao apresentar sintomas e histórico clínico, o profissional que irá cuidar do seu caso pode solicitar exames e testes cutâneos. A partir dos resultados, o médico dá o diagnóstico. 

É importante ressaltar que a situação clínica do paciente deve ser estável para que o tratamento possa começar. Fatores como idade e comorbidades também são levadas em consideração.

Para que a imunoterapia seja administrada corretamente, é fundamental que o médico tenha conhecimento sobre alérgenos, pois com o tratamento podem surgir desde reações locais, sintomas leves e moderados das alergias até problemas mais graves, como choque anafilático e edema de glote, principalmente no caso de vacinas injetáveis. No caso das sublinguais, as reações são muito mais brandas, limitando-se a sintomas de rinite na maioria dos casos. Pacientes que sofrem de asma também necessitam ter um maior cuidado, pois no caso de vacinas injetáveis há risco de piora da crise devendo a dose ser adiada até a doença estar compensada.

Contraindicações

A imunoterapia não é recomendada para pessoas que tenham problemas no sistema imunológico, como doenças autoimunes e imunodeficiências. No caso das injetáveis as doenças coronarianas e também  o uso de remédios anti-hipertensivos  podem contraindicar o tratamento.

Benefícios da imunoterapia 

Os benefícios que a imunoterapia oferece são muitos, entre eles estão:

• Diminuição dos sintomas das doenças alérgicas respiratórias;
• Bloqueio da reatividade do alérgico em venenos de insetos;
• Melhora considerável na qualidade de vida do paciente.

O tratamento também permite com que essas doenças não evoluam para enfermidades mais graves, como asma. 

Ao criar anticorpos contra doenças alérgicas, é possível controlá-las e reduzir ao máximo seus respectivos sintomas.

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