Otosclerose, também conhecida como otospongiose, é uma doença que evolui progressivamente e pode levar a dificuldade de ouvir ou até mesmo a surdez. É causada por uma alteração que ocorre na estrutura dos ossos do ouvido, quando eles se endurecem e deixam de cumprir sua correta função.
Essa patologia impede a movimentação correta do estribo, o menor osso da cadeia auditiva humana, que possui importante papel de transmitir o som. Por isso ocorre a dificuldade de escuta: na otosclerose, essa função está danificada.
Em outras palavras, é a reabsorção do crescimento anormal do tecido ósseo endurecido, que impede a correta movimentação das ondas sonoras. É uma das principais causas de surdez em pessoas adultas. Apesar de mais raro, pode atingir pessoas de outras idades.
Na leitura a seguir, vamos entender como a otosclerose se apresenta, como são os seus sintomas, os seus subtipos e como é feito o tratamento da patologia pelo médico otorrino.
Continue a leitura para descobrir mais sobre a otosclerose e como tratá-la!
Principais sintomas da otosclerose
Uma das principais manifestações da otosclerose é a perda de audição, comumente condutiva. Isso quer dizer que a perda se dá por um problema mecânico, quando a habilidade dos ouvidos de conduzir som ao ouvido interno é bloqueada ou reduzida.
Além da perda de audição ser do tipo condutiva, pode acontecer de ser também neurossensorial, que é quando a lesão ocorre na cóclea, no nervo auditivo, ou nas vias percorridas até alcançar o cérebro.
A evolução da doença progride lentamente ao longo dos anos, mas se agrava em pacientes com mais de 50 anos de idade.
Outros possíveis sintomas da otosclerose são:
- Zumbido;
- Vertigens;
- Problemas de equilíbrio.
Possíveis causas
A otosclerose é uma doença multifatorial de causas ainda não totalmente conhecidas, mas sabe-se que está ligada a componentes genéticos, virais, inflamatórios e autoimunes.
Os pacientes que possuem a patologia relatam duas fases do avanço da doença, descritas nos subtipos abaixo.
Subtipos da otosclerose
São dois os subtipos da osteosclerose mais comumente relatados:
- Estapediana: é o subtipo mais comum, atinge aproximadamente 80% dos pacientes. Envolve a janela oval da orelha e o estribo. A perda da audição ocorre de forma condutiva, devido a fixação e engrossamento de pequenos ossos da articulação do ouvido.
- Coclear: atinge por volta de 20% dos pacientes com otosclerose. Envolve o acometimento da cóclea e vestíbulo. Nesse caso, a perda auditiva é neurossensorial.
Diagnóstico
O diagnóstico da patologia é feito por um médico otorrinolaringologista, especialista responsável por atuar no campo das doenças do ouvido.
Para garantir que se trata de otosclerose, é preciso de uma avaliação clínica, audiometria tonal, timpanograma, impedanciometria, tomografia computadorizada (TC) e outros exames que o médico julgar necessário.
Assim, é possível determinar o estágio de avanço que a doença se encontra e iniciar o tratamento de acordo com as informações.
Tratamento da otosclerose
A otosclerose é uma doença sem cura, mas pode ser controlada por meio de tratamento que alivia os sintomas.
Para tratar a patologia, o otorrino prescreve medicamentos (geralmente, bifosfonatos e fluoreto de sódio) ou indica uso de aparelhos auditivos que amplificam a sonoridade e melhoram a escuta.
Alguns casos exigem também a intervenção cirúrgica (estapedectomia ou estapedotomia). Na cirurgia, é feita a retirada do estribo que já não mais se movimenta ou parte dele, a fim de substituí-lo por uma prótese de teflon.
A recomendação para quem está sentindo alguma perda de audição ou sintomas como zumbidos é se consultar imediatamente com o otorrinolaringologista. A otosclerose, quando diagnosticada precocemente, possui melhores resultados em seu tratamento.
Além disso, a consulta com o otorrino garante a saúde dos ouvidos e previne outros problemas e doenças.
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Dra. Regina Stela Roland Ortega
Otorrinolaringologista
CRM/SP 33487 / RQE 8904