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drogas ototóxicas

Descubra o que são drogas ototóxicas e quais impactos causam na audição

Drogas ototóxicas são aquelas que podem causar prejuízo à nossa audição a longo prazo.

Poucas pessoas conhecem o termo e, mesmo que tenham ouvido falar, é um assunto pouco difundido. 

Afinal é notório os registros de perda auditiva por consumo excessivo de determinadas substâncias.

Por isso, conheça agora quais são as drogas ototóxicas e por que elas fazem tanto mal para a saúde dos seus ouvidos!

Drogas ototóxicas: por que nunca ouvimos falar sobre este assunto?

Quando o assunto é drogas ou os malefícios que determinadas substâncias podem causar ao nosso organismo, a saúde auditiva costuma ser considerada um efeito colateral irrelevante pela maioria dos seus usuários.

Como se não bastasse todo o grau de toxicidade que o álcool e até mesmo o tabagismo proporcionam ao organismo de quem os consome, as lesões auditivas acometem quase 70% dos consumidores assíduos do álcool, por exemplo.

Mas você deve estar se perguntando: como eu não soube disso antes?

A resposta está nos estudos divulgados em 2007 que mostram mais um agravante que o alcoolismo e outros vícios em substâncias têm causado em pacientes de diversas especialidades médicas, e que talvez a mídia comercial não quer que você saiba!

Quais são as drogas ototóxicas?

O termo ototóxico vem da toxicidade de determinado químico à saúde auditiva.

As drogas ototóxicas, por sua vez, são aquelas cujo uso contínuo é capaz de lesar as estruturas do ouvido, causando prejuízos em suas funções auditivas e também no equilíbrio.

Antibióticos, remédios para o câncer, hipertensão arterial, doenças neurológicas e até mesmo a AAS (Aspirina), são alguns dos exemplos de drogas que têm como efeito colateral o zumbido ou perda auditiva. 

Além disso, alguns pacientes que se curaram da COVID-19 também se queixam da perda auditiva após passada a fase aguda da doença. Vale lembrar que, neste caso, o efeito está mais ligado às sequelas do vírus do que à medicação!

No entanto, o estudo abordado neste artigo, publicado originalmente pela Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, trata sobre o espantoso fato de que o alcoolismo ao longo dos anos tem sido tão ototóxico quanto o uso breve de algumas medicações.

Por que o alcoolismo é tão prejudicial à nossa saúde auditiva?

No estudo, que foi feito com 37 indivíduos alcoólicos e ex alcoólicos, ficou evidente que 67,57% dos indivíduos do grupo alcoólatra apresentaram alteração na audiometria e outros 24,32% apresentaram alteração na vectoeletronistagmografia computadorizada. 

Nos indivíduos do grupo de ex alcoólatras, 27,03% apresentaram audiometria alterada e 10,81% mostraram resultados alterados na vectoeletronistagmografia computadorizada.

A conclusão é que o álcool interfere drasticamente na escuta e no equilíbrio, com efeito decadente no nosso organismo!

O que dizem outros especialistas?

Diversos autores consultados na literatura médica já vinham realizando a mesma afirmação, alegando resultados parecidos com os encontrados neste estudo, porém ainda não havia nada concreto.

Fique atento com os os sintomas da perda auditiva

Os sintomas que os agentes ototóxicos podem provocar incluem alteração no aparelho vestibular, responsável pelo equilíbrio. Sendo assim o paciente pode apresentar:

  • Tonturas;
  • Vertigem;
  • Enjoos;
  • Estrabismo;
  • Ansiedade por desconforto;
  • Desequilíbrio ao andar.

Já os sintomas relacionados à perda auditiva costumam se iniciar com zumbidos no ouvido, além do volume da voz alterado sem a percepção momentânea do paciente.

Além disso, alguns pacientes relatam sentir uma sensação de ouvido tapado à medida que vão percebendo a discrepância da sua percepção auditiva em relação aos outros.

Claro, sem falar em alguns casos em que o paciente pode desenvolver a perda auditiva unilateral, onde um ouvido é mais audível que o outro.

Vale lembrar que, mesmo que o paciente apresente estes sintomas durante o uso exagerado do álcool, o estudo mostra resultados do uso contínuo a longo prazo e que mesmo após o paciente deixar de lado o hábito, ainda assim apresenta tal perda auditiva.

Mas neste caso, como pudemos ver, esta perda seria cerca de 50% menor para os ex-alcoólatras!

O que fazer?

Nossa recomendação é diminuir gradativamente o consumo de bebidas alcoólicas. Caso se trate de um vício com reincidência, não deixe de procurar ajuda especializada em sua região.

Quanto aos medicamentos, pergunte ao seu médico quando prescrito se este apresenta algum efeito ototóxico. Assim, faça apenas o uso recomendado, não excedendo a dose ou prolongando o tratamento por conta própria apenas para aproveitar o restante da cartela de comprimidos.

E se suspeitar que algo não anda bem com a sua saúde auditiva, é só agendar sua consulta. Até breve!