Abordamos neste artigo tudo sobre a videoendoscopia nasossinusal: como o exame é feito, para quem é indicado e tudo que você precisa saber sobre o antes e depois do exame.
Outros nomes comuns para esse mesmo procedimento são: nasofibroscopia e videoendoscopia nasal. Não há diferença no método ou objetivo, se trata do mesmo exame com nomes diferentes.
Primeiramente, é um exame prático que tem por objetivo permitir ao médico otorrinolaringologista a visualização das estruturas internas da cavidade nasal e região da rinofaringe, posterior ao nariz, para que ele possa avaliar a saúde e anatomia dessas estruturas.
Como é o exame?
A videoendoscopia nasossinusal é realizada por meio da introdução de um pequeno endoscópio, com uma microcâmera na ponta do aparelho, que transmite as imagens para um monitor, o que permitirá ao médico enxergar e analisar a narina, nasofaringe e rinofaringe para detectar quaisquer irregularidades no assoalho e teto da cavidade nasal, incluindo tubas auditivas, septo nasal e adenoides.
Quanto à preocupação sobre dor, fique tranquilo! O procedimento é feito após uma anestesia, que não é igual à utilizada na endoscopia do sistema digestivo. A videoendoscopia nasossinusal é feita com o paciente sentado, acordado e consciente, porém, para evitar desconforto ou refluxo, aplica-se anestesia local em forma de spray nas narinas antes de se iniciar o exame.
Quanto ao aparelho utilizado, o médico vai avaliar se é melhor utilizar: fibra óptica rígida ou flexível. Mas, independentemente do caso, não há nenhuma dor ou enjoo, devido à anestesia local. Também não é necessário que os adultos estejam acompanhados, pois a anestesia nasal não causa aquela sonolência forte que acontece em outros procedimentos endoscópicos.
O exame é feito, geralmente, no consultório do médico otorrinolaringologista, não sendo necessário ir à clínicas de exame de imagem.
Indicação da videoendoscopia nasossinusal
O exame é indicada, principalmente, para avaliação dos casos de:
- Obstrução nasal;
- Desvio de septo;
- Rinite alérgica;
- Sinusite;
- Sangramento nasal;
- Adenóide aumentada;
- Problemas das tubas auditivas.
Inchaços, desvios de septo, pólipos, fontes de infecção, inflamação, sangramentos e quaisquer outros problemas são procurados pelo médico, que geralmente solicita que o paciente faça movimentos e sons para avaliar visualmente a integridade das estruturas, desde concha nasal, mucosas e septo nasal até o meato médio, tubas auditivas e epiglote.
Para se ter uma ideia, a partir desse exame já é possível ter conclusões sobre a necessidade de realizar determinados procedimentos como a septoplastia, que corrige o desvio da estrutura do septo, quando esta não está centralizada, atrapalhando a passagem de ar e estreitando fossas nasais.
No exame, identifica-se o grau do desvio de septo e outras doenças que afetam a respiração. Até queixas aparentemente “bobas”, como ronco, são levadas bem a sério.
Uma vez identificada qualquer anormalidade ou doença, o otorrinolaringologista poderá detectar as causas no próprio exame ou solicitar exames adicionais como hemograma (exame de sangue) para dar início ao tratamento.
Quanto à necessidade de coletar material para biópsia, isso ocorre somente em casos bem específicos, por exemplo, quando da identificação de pólipos nasais, papiloma invertido.
Nestes casos, embora seja notada presença de tumores benignos na cavidade nasal ou seios paranasais, é feita a remoção dos mesmos da mesma forma, através de uma pequena cirurgia, para eliminação da possibilidade de o caso evoluir para um câncer maligno, por exemplo, já que carcinomas espinocelulares podem vir de papilomas (verrugas de forma irregular que podem destruir o tecido saudável).
São muitos benefícios que um exame simples e indolor pode trazer, veja agora um pouco sobre os cuidados.
Principais cuidados ao realizar o exame de videoendoscopia nasossinusal
Como se trata de um exame realmente muito simples e prático, não é necessário preparação como jejum, hidratação, ou algo do tipo.
Após a realização da videoendoscopia nasossinusal, o paciente costuma ser liberado para retornar às suas atividades habituais, não sendo necessário acompanhante e nem de tempo em repouso para aguardar passar os efeitos da anestesia. É comum sentir apenas dormência local.
Apenas no raríssimo caso de intercorrências como sangramento local, febre ou qualquer sintoma incomum, recomenda-se contatar imediatamente o médico que realizou o procedimento.
Que médico solicita o exame?
O médico otorrino, ou seja, se você sentir sintomas como dor de cabeça, rouquidão constante, pigarro, dificuldades em respirar por obstrução nasal e dor próximo aos olhos, esses são sinais de alerta para se procurar esse profissional.
Para o diagnóstico preciso, agende uma avaliação médica com um de nossos profissionais a fim de esclarecer suas dúvidas. Este e outros exames auxiliares poderão ser solicitados para melhor tratar seu problema.