O ruído noturno conhecido como ronco ocorre principalmente durante a fase de inspiração, sendo provocado pela obstrução das vias aéreas, resultando na vibração da língua, palato ou epiglote.
Embora frequentemente associado ao consumo excessivo de álcool ou uso de medicamentos para dormir, a persistência ou intensidade do ronco, especialmente quando acompanhada por sintomas como sonolência diurna e dificuldade de raciocínio, pode indicar problemas subjacentes, como apneia obstrutiva do sono ou hipertrofia de adenoide. Nesses casos, recomenda-se que o paciente busque a avaliação de um otorrinolaringologista, pois esse profissional pode orientar tratamentos adequados, incluindo exercícios linguais ou, em situações específicas, intervenções cirúrgicas.
Quando ocorre o ronco?
O ronco ocorre devido à vibração dos tecidos da faringe quando o ar passa por essa região. Quando discreto, o ronco é considerado normal, especialmente se a pessoa dorme de barriga para cima, pois a língua tende a cair um pouco para trás durante o relaxamento natural da musculatura ao dormir. Entre as causas do ronco, estão:
- Sobrepeso;
- Dificuldades respiratórias;
- Tabagismo;
- Refluxo gastroesofágico;
- E problemas na arcada dentária.
Quando o ronco deixa de ser inofensivo?
A longo prazo, o ronco pode provocar dores de cabeça, arritmia cardíaca, baixa concentração, sonolência diurna, cansaço e irritabilidade, impactando negativamente a qualidade de vida. Além disso, o ronco pode ser um sinal de um problema mais sério, como a apneia obstrutiva do sono (SAOS), que requer atenção especializada e diagnóstico por meio de exames como a polissonografia.
A apneia obstrutiva do sono (SAOS) é um distúrbio respiratório caracterizado por episódios recorrentes de obstrução parcial ou completa das vias aéreas durante o sono. Essa obstrução leva a pausas temporárias na respiração, chamadas apneias, e resulta em uma série de consequências adversas para a saúde. Durante os episódios de apneia, a pessoa deixa de respirar por alguns segundos ou minutos, o que pode ocorrer diversas vezes ao longo da noite.
Os males causados pela apneia obstrutiva do sono são variados e impactam negativamente o organismo físico. A privação de oxigênio durante essas pausas respiratórias pode levar a problemas cardíacos, como hipertensão arterial, arritmias e aumento do risco de doenças cardiovasculares. Além disso, a apneia do sono está associada a complicações metabólicas, como resistência à insulina, diabetes tipo 2 e ganho de peso. Os distúrbios do sono frequentes também contribuem para a sonolência diurna excessiva, redução da qualidade de vida, comprometimento cognitivo e aumento do risco de acidentes automobilísticos.
O papel do otorrino no tratamento da SAOS
O acompanhamento do médico otorrino na apneia obstrutiva do sono é fundamental para um diagnóstico preciso e para a implementação de tratamentos adequados. O otorrinolaringologista é um profissional especializado no manejo da SAOS.
O diagnóstico envolve geralmente a realização de exames específicos, como a polissonografia, que monitora diferentes parâmetros durante o sono. Com um diagnóstico preciso, o tratamento pode incluir mudanças no estilo de vida, terapias comportamentais, uso de dispositivos de pressão positiva nas vias aéreas (como o CPAP) ou, em alguns casos, intervenções cirúrgicas para corrigir obstruções anatômicas. O acompanhamento médico contínuo é essencial para monitorar a eficácia do tratamento e ajustar as abordagens conforme necessário.
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A fonoaudiologia e o ronco
Abordagens complementares como o uso de aparelhos intraorais e a intervenção da fonoaudiologia são recursos valiosos no tratamento da apneia obstrutiva do sono, especialmente em casos leves e moderados da condição. A fonoaudiologia desempenha um papel importante no fortalecimento da musculatura que mantém a garganta aberta. Dessa forma, contribui para reduzir as obstruções respiratórias durante o sono.
Em situações de apneia moderada a acentuada, o otorrino pode recomendar estratégias mais avançadas, como o uso do gerador de pressão positiva contínua na via aérea (CPAP). Esse dispositivo é eficaz ao promover um fluxo contínuo de ar, impedindo o colapso da garganta durante o sono e proporcionando uma noite de descanso mais saudável. Contudo, a escolha do tratamento dependerá da gravidade do quadro e das características individuais do paciente.
Por isso, a consulta com um otorrino é fundamental para a identificação da melhor abordagem. Desse modo, o paciente assegura um tratamento eficaz para o ronco e a apneia do sono. Portanto, se você está em busca de cuidados especializados, clique aqui e agende sua consulta na Clínica Regina Ortega. Nossos profissionais qualificados estão prontos para oferecer soluções personalizadas para os distúrbios do sono.