A asma é uma condição respiratória crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo – e isso é, em grande parte, devido à recorrência comum de fatores desencadeantes. Além de considerações genéticas e ambientais, o estilo de vida desempenha um papel crucial na gestão e no agravamento dos sintomas da asma. O sedentarismo, a obesidade, a depressão e a ansiedade, por exemplo, estão entre os principais elementos que podem desencadear e intensificar a doença.
Neste artigo, veremos a influência por trás dessas condições no desenvolvimento e tratamento da asma.
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Impacto do sedentarismo na asma
O sedentarismo pode ter um impacto significativo na asma, tanto no desenvolvimento da condição quanto na gestão dos sintomas. A asma é uma condição crônica que afeta as vias aéreas, levando a episódios de falta de ar, chiado no peito, tosse e aperto no peito. Embora a asma seja influenciada por vários fatores, o estilo de vida sedentário pode agravar a condição de várias maneiras, como:
- Redução da capacidade pulmonar: o sedentarismo pode levar a uma redução na capacidade pulmonar, o que pode agravar os sintomas da asma. A falta de exercício pode resultar em uma condição física mais fraca, o que, por sua vez, pode fazer com que as pessoas com asma se cansem mais rapidamente e tenham dificuldade para respirar durante atividades físicas.
- Ganho de peso: o sedentarismo está associado ao ganho de peso – e o excesso de peso pode agravar os sintomas da asma. O tecido adiposo extra pode restringir a capacidade pulmonar e exacerbar a inflamação das vias aéreas.
- Piora da função pulmonar: a falta de exercício pode levar a uma diminuição da função pulmonar, o que pode aumentar a sensibilidade das vias aéreas e desencadear crises de asma com mais facilidade.
É altamente recomendado que pessoas com asma mantenham um estilo de vida ativo e saudável – exercícios regulares e adequados, de preferência sob orientação médica, podem melhorar a capacidade pulmonar, fortalecer os músculos respiratórios e ajudar a controlar os sintomas da asma. No entanto, é importante que qualquer programa de exercícios seja adaptado individualmente e supervisionado por um profissional de saúde, levando em conta a natureza específica da condição de cada pessoa com asma.
Relação entre obesidade e asma
Embora a relação entre obesidade e asma seja complexa e ainda estudada, existem várias observações sobre como essas condições podem estar interligadas:
- Inflamação: tanto a obesidade quanto a asma estão associadas a processos inflamatórios no corpo. A obesidade é conhecida por desencadear uma inflamação de baixo grau, afetando o sistema imunológico e podendo desencadear ou piorar os sintomas da asma.
- Alterações na função pulmonar: a obesidade pode reduzir a capacidade pulmonar, levando a uma respiração mais curta e rápida. Isso pode agravar os sintomas da asma ou tornar o controle mais difícil.
- Hormônios e adipocinas: certos hormônios e substâncias químicas produzidas por células de gordura (adipocinas) podem influenciar a inflamação e a resposta imune, impactando assim a asma.
É importante ressaltar que nem todas as pessoas obesas têm asma e nem todas as pessoas com asma são obesas. No entanto, a correlação entre as condições é bastante evidente em diversos estudos. O manejo eficaz da obesidade – incluindo mudanças no estilo de vida, perda de peso, exercícios físicos e tratamento adequado – pode ter impactos positivos na gestão da asma em pacientes com ambas as condições.
Impacto da depressão e ansiedade na asma
A relação entre depressão, ansiedade e asma é complexa e bidirecional, com cada condição podendo influenciar a outra de maneiras diversas. A asma é uma condição respiratória crônica que afeta as vias aéreas, causando dificuldade em respirar. A depressão e a ansiedade são transtornos mentais que podem afetar significativamente a saúde mental e, por vezes, até a saúde física.
- Adesão ao tratamento: pessoas deprimidas podem ter dificuldades em aderir ao tratamento para a asma, o que pode levar a crises mais frequentes ou agravamento dos sintomas.
- Incidência de crises de asma: estudos sugerem que pessoas com depressão podem ter crises de asma com maior frequência e gravidade dos sintomas, já que o estresse mental e emocional pode desencadeá-los mais facilmente.
- Desencadeamento de sintomas: a ansiedade também pode desencadear sintomas de asma, já que a respiração passa a ser mais rápida e superficial, agravando a falta de ar.
- Limitação da qualidade de vida: a ansiedade pode levar a um maior impacto na qualidade de vida, trazendo restrições nas atividades diárias, inclusive na capacidade de lidar com os sintomas da asma.
- Piora da adesão ao tratamento: assim como na depressão, a ansiedade pode dificultar a adesão ao tratamento para a asma, o que pode resultar na piora do controle dos sintomas.
Interação complexa
Essas condições e a asma têm uma relação complexa. A presença de uma condição pode influenciar a outra e, por sua vez, ser influenciada por ela. Portanto, o tratamento médico para a asma pode até envolver uma abordagem multidisciplinar que inclui intervenções psicológicas, como a terapia cognitivo-comportamental, para gerenciar a depressão e a ansiedade.
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