Se a rinite alérgica está presente na sua vida, provavelmente você deve fugir de situações como permanecer em lugares empoeirados, manter por muito tempo a mesma roupa de cama, evitar o ar condicionado e, até mesmo, fugir de certos bichos de estimação.
É claro que é uma condição que pode afetar e muito a qualidade de vida e, por isso, os pacientes podem recorrer a tratamentos que não são os mais ideais do ponto de vista da otorrinolaringologia.
Por isso, hoje, vamos falar mais sobre a rinite alérgica e quais são os mitos e verdades sobre suas causas, sintomas e tratamento. Confira!
A rinite alérgica é uma sensibilidade do organismo a agentes externos
Verdade. A rinite acontece como um mecanismo de defesa exacerbado do organismo ao entrar em contato com agentes externos que não necessariamente podem fazer mal, como poeira, pelos de animais, ácaros, mofo, pólen etc.
Esse mecanismo também é comum quando entramos em contato com substâncias tóxicas, visto que o nosso nariz tem importante função de limpar, umidificar e aquecer o ar que respiramos.
Dessa forma, na suspeita de qualquer agente, nossas vias nasais ficam obstruídas para impedir que essas partículas cheguem aos pulmões.
Rinite alérgica é a mesma coisa que rinite infecciosa
Mito. A rinite alérgica, como o nome sugere, acontece por conta de uma alergia causada por agentes externos, os alérgenos. Já a rinite infecciosa é causada por bactérias ou vírus que se instalam nas mucosas do nariz.
Além disso, apesar das duas condições terem sintomas parecidos, na rinite alérgica, os principais sintomas são espirros e coceira. Já na infecciosa, são a obstrução nasal e a coriza.
A maior parte dos pacientes que têm rinite alérgica são jovens
Verdade. São as crianças, adolescentes e adultos jovens que apresentam mais rinite alérgica.
Isso porque geralmente sua exposição é maior e ainda estão em fases diferentes de desenvolvimento.
Nas crianças, principalmente, os sintomas da rinite podem trazer ainda mais complicações em sistemas e órgãos relacionados, como nos ouvidos e pulmões, gerando outras doenças de saúde e podendo até mesmo alterar seu desenvolvimento craniofacial.
Quem tem rinite pode vir a desenvolver outros problemas respiratórios
Verdade. Como vimos, pacientes com rinite podem desenvolver ou já ter condições relacionadas, como asma, conjuntivite alérgica, rinossinusite, otite média.
Distúrbios do sono relacionados à respiração também são uma consequência, como a apneia e hipopneia obstrutiva do sono, tanto em crianças como em adultos.
Rinite alérgica é hereditária
Verdade. Vale a pena consultar com sua família se existe histórico de rinite alérgica e outras alergias para ficar atento a qualquer sinal de que a condição pode estar presente na sua vida.
Mudanças de temperatura e poluição do ar não têm nada ver com a rinite alérgica
Mito. Mudanças no ar, no clima e na temperatura, além da presença de poluição do ar, estão fortemente relacionados com a rinite alérgica e podem desencadear crises nos pacientes.
É por isso que, em climas mais secos, a baixa umidade do ar provoca um aumento nas crises de rinite.
Seria ideal que pacientes evitem banhos extremamente quentes por conta da mudança de temperatura ao sair do banho, por exemplo.
A presença de poluentes no ar também desencadeiam crises: poluentes no ar, tanto em cidades grandes, quanto perto de fábricas fazem mal para a nossa respiração.
Mas não muito longe disso, até mesmo a combustão do gás de cozinha e cheiros fortes provenientes de produtos de limpeza também são causadores.
É importante mencionar também o ato do tabagismo, visto que é responsável inclusive por muitos outros problemas de saúde para quem fuma e quem está ao redor, inalando a fumaça do cigarro.
Por fim, também deve-se atentar ao uso de ar-condicionado. O aparelho deve ter seu filtro limpo regularmente e evitar deixar o ambiente em temperaturas muito baixas.
A rinite alérgica não tem cura, mas tem controle
Verdade. Os pacientes com rinite devem procurar o otorrinolaringologista para avaliar seu caso e determinar como o tratamento da condição pode ser feito.
Geralmente, existem medicamentos que podem melhorar os sintomas e tratamentos caseiros também são indicados, como higiene da casa e lavagem nasal com soro fisiológico.
Além dessas medidas também existe a imunoterapia “vacina” para alergia, que é uma boa alternativa para os casos onde há dependência dos remédios.
Mas muita atenção: faça o uso dos medicamentos apenas sob acompanhamento médico, pois alguns descongestionantes nasais podem causar vício nos pacientes.
Os remédios antialérgicos para rinite dão sono
Depende! Geralmente, os anti-histamínicos mais tradicionais podem causar, sim, sono no dia a dia.
Já anti-histamínicos de segunda geração, como Allegra, podem ser muito eficientes para o controle da rinite sem causar essa sonolência que pode prejudicar a concentração e disposição para fazer as atividades rotineiras.
Consulte um otorrino de confiança.
Vamos cuidar da sua respiração e qualidade de vida? Entre em contato conosco!