A síndrome do nariz vazio é uma condição rara em que a percepção da passagem de ar fica comprometida pela falta dos mecanismos que realizam a filtragem natural do ar dentro do nariz.
Muitas vezes esses mecanismos ficam comprometidos ou não existem, daí o nome síndrome do nariz vazio.
Entenda um pouco melhor sobre o que é a síndrome do nariz vazio e tenha ideia se este pode ou não ser o seu caso. Acompanhe!
Para saber sobre a síndrome do nariz vazio entenda como funciona nossa respiração
A respiração é o que garante a entrada e saída de ar do nosso organismo.
Para que isso aconteça, o ar entra pelas narinas e passam por um processo de umidificação, aquecimento e filtragem.
E os responsáveis por fazer tudo isso são os cornetos nasais.
Os cornetos, por sua vez, são pequenos mecanismos que promovem este processo para que o ar esteja devidamente preparado para chegar aos pulmões.
Em caso de alergias, por exemplo, os cornetos se expandem fazendo com que o nariz fique obstruído.
Mas no caso do nariz vazio ocorre o oposto!
O que causa a síndrome do nariz vazio?
A síndrome do nariz vazio é causada por uma retirada total ou quase total das estruturas dos cornetos nasais durante a cirurgia.
Sem fazer sua função adequadamente o ar não é umidificado, filtrado e aquecido antes de chegar aos pulmões e a sensação de obstrução ocorre pois a percepção da passagem do ar é realizada pelas estruturas que foram retiradas em excesso..
Normalmente essa redução ou falta dos cornetos é advinda de consequências cirúrgicas como:
- Cirurgia de desvio de septo nasal (cirurgia de alinhamento do osso central do nariz);
- Rinoplastia (cirurgia plástica no nariz);
- Turbinectomia (cirurgia de redução ou retirada dos cornetos).
Esta última, no entanto, é indicada quando a obstrução nasal decorre de um quadro de sinusite crônica, embora em raros casos o paciente possa vir a desenvolver a síndrome.
Quais são os sintomas da síndrome do nariz vazio?
A obstrução nasal é o principal dos sintomas de quem sofre da síndrome do nariz vazio. Mas os pacientes também apresentam:
- Sensação de nariz seco;
- Crostas de catarro nas paredes nasais;
- Falta de ar;
- Respiração somente pela boca;
- Sensação de sufocamento;
- Mal cheiro.
Aliás, a queixa é de que há um incômodo constante devido a terrível sensação da perda da função do nariz.
Contudo, o paciente ainda pode desenvolver sintomas paralelos, que são consequências da falta de respiração. Dentre eles:
- Náuseas;
- Ansiedade;
- Depressão;
- Anoxia cerebral (falta de oxigênio no cérebro);
- Transtornos de humor;
- Distúrbios de aprendizado.
Vale lembrar que nem sempre a síndrome do nariz vazio é detectada nas primeiras consultas, já que sob análise ocular e exames, tudo pode estar aparentemente normal.
Quando os sintomas surgem?
O paciente pode levar anos até ter os primeiros sinais depois de ter se submetido a qualquer procedimento cirúrgico nasal.
O primeiro sinal costuma ser o ardor quando o ar frio entra pelo nariz, ou a sensação de que o nariz está sempre seco.
Dores faciais e dores de dente também podem surgir sem explicações plausíveis.
Além disso, um outro sintoma comum no início da síndrome do nariz vazio é o aumento de catarro ressecado que se impregna nos cantos nasais.
Contudo, é a falta de ar, o sintoma mais incômodo que costuma trazer o paciente até uma consulta.
Sobre o diagnóstico
A avaliação física e anamnese da região são os primeiros passos para identificar o problema e descartar qualquer causa adjacente.
Inclusive alguns exames podem ser solicitados como a nasofibrolaringoscopia e tomografia de face.
Existe tratamento para a síndrome do nariz vazio?
Após constatada a síndrome, o mais comum é a indicação de que o paciente se submeta a uma nova cirurgia.
Porém, com ou sem a cirurgia o uso de enxaguantes nasais e medicamentos que promovem a hidratação e umidificação do nariz podem ser indicados pelo seu médico otorrino.
Já os hábitos de vida do paciente também devem mudar, com o objetivo de proporcionar mais bem estar e prevenção contra o agravamento do quadro.
Alguns desses hábitos incluem a melhora na alimentação e a eliminação de itens com potenciais alergênicos como tapetes e carpetes.
E é claro, a umidificação do ar, seja através de umidificadores ou nebulização periódica diária, é sempre bem-vinda!
Por outro lado, nos casos de tratamento cirúrgico, o objetivo é reconstruir os cornetos, devolvendo as suas funções.
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